domingo, 6 de dezembro de 2009

A ARTE DE PLANTAR TOMATES...



(atenção… este texto destina-se apenas a quem sabe do assunto a ser tratado, pois os outros não entenderão o seu conteúdo).

Ultimamente tenho ouvido algumas pessoas com curiosidade em saber como se plantam tomates e, sobretudo, como se tratam dos mesmos, para que fiquem fortes e saudáveis. Tal inquietação deve-se ao facto desta plantação ser uma arte bastante melindrosa, pois, o mínimo descuido pode fazer com que o tomate desapareça e se transforme em algo pegajoso e demasiado mole.

Por conseguinte temos de adubar os tomates (sim, temos, eu também tenho a minha horta), para que estes se aguentem, e, é importante ainda que se plantem bastantes, pois não se sabe os que podem ficar pelo caminho, geralmente, só um sobreviverá.

Se considerarem necessário, pode-se colocar os tomates em estufa, isolado de tudo e de todos, com uma música bem mexida (pois, uma música romântica e calminha pode induzir o tomate em erro). É importante ainda, retirarem-se os telemóveis perto dos tomates, pois, as vibrações deixam-nos confusos, o mesmo acontece com o hi5, MSN e essas coisas todas electrónicas que os deixam fora do controle, capazes de cometerem as maiores loucuras.

Em último recurso podemos embebedar o tomate, não há nada mais interessante do que um tomate no seu estado puro, mas atenção, quando isso acontecer, agarrem bem os vossos tomates a algo verdadeiramente sólido, nunca se sabe do que eles são capazes de fazer.

Estas são algumas dicas para fazer germinar uma boa plantação de tomates, antes que alguém chegue e os apanhe para uma salada.

Boas plantações.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

VIRAR A PÁGINA



A vida é uma caminhada, um livro aberto, sem um final conjecturado, em que o presente não existe, pois, a cada momento se transforma em passado e, o futuro, esse não se sabe se realmente existirá, ou se terminará na linha seguinte. No entanto, conto com ele, vivo e sigo o meu caminho em função dele; por vezes existem trilhos e atalhos que me levam a becos sem saída, obscuros e fraudulentos, onde tudo parece perfeito e de repente pára e… desaparece transformando-se em desilusão, tristeza e um mar de solidão.

As letras que anteriormente formavam aprazíveis palavras transfiguram-se em vazio sem sentido, sentimento ou emoção, agora, são simplesmente laudas que não decifrei.

Resta virar a página, rasgar a anterior e apagar o trilho que está errado no mapa, para esquecer e prosseguir, pois, apesar de nem sempre chegar ao destino ideal, continuo a acreditar e a lutar para não andar à deriva, mas sim planear e avaliar o caminho, os passos e as páginas a virar.

Carla Carvalho